Preciso deixar duas posições muitos claras: sou absolutamente contra qualquer forma de preconceito e por ofício e escolha, a favor da educação. Esclarecendo isso, continuo.
Já fui religioso e não me envergonho disso. Mas realmente não consigo entender porque há tanta intolerância onde deveriam ser adotadas posturas de amor, cuidado, respeito. Não vou repetir mantras para religiosos, já desisti deles há muito tempo, e eles de mim. Penso que ficamos numa boa assim, deste jeitinho.
As minorias estão em voga e já não era sem tempo. Até pouco tempo atrás era normal mulheres serem apenas mães e donas–de-casa, afro-descendentes trabalhar sem respeito e liberdade por que algum maníaco de renome interpretou Deus do jeito dele, deu-lhe sua cor e disse que esse mesmo Deus colocou os africanos com os escravos do mundo branco cristão.
Nesse mundo, Deus é branco, sexualmente resolvido e defensor dos valores que os homens especiais que Ele supostamente criou que em essência são valores excludentes. No meu mundo Deus é espírito, e é para além de raças e comportamentos sexuais. E é constituído de algo que penso ser próximo do que chamamos de amor, algo totalmente inclusivo.
Contudo, preciso apontar o abismo que existe entre estas duas posturas adotadas recentemente que tem a intenção de proteger as pessoas. Pessoas homossexuais. Que para a moral cristã Ocidental deveriam nascer mortas. Bom preciso antes apontar algumas falhas. Da moral cristã primeiro depois das posturas adotadas. Só de passagem, os cristãos falam que os homossexuais não nasceram assim, antes de corromperam pela vida, foram estuprados e tal...enfim a vida os transformou. Só que tais seres transmorfos são frutos de uma sociedade de maioria cristã (to lendo por aí 90%...ah tá...), maioria branca, maioria tudo de bom que eles gostam de gritar por aí. Tem algo errado. Ou os homossexuais nascem assim, ou a sociedade citada é um fracasso, o que faz dos donos do pedaço um bando de fracassados. Radicalismo dói de ler né? Então por somos sempre tão radicais com as minorias?
Meu problema com o Projeto de lei 122 de 2006 da deputada federal Iara Bernardi (PT-SP), é que é uma lei dentro de uma Constituição (1988) que já é avançada, porém mal aplicada. Homofobia já é crime. A nossa Constituição proíbe quaisquer formas de discriminação. Criar uma lei que endossa isso é abrir a discussão sobre quais posturas devem ser adotadas, faz parte de outro campo de atuação: a educação.
Não concordo com religiosos vanguardistas gritando aos quatro cantos que eles não concordam com o homossexualismo, pois simplesmente tem gente que não sabe se expressar. Vira ofensa. Mas sabe, eu preciso, como Voltaire, defender o direito que eles tem de fazer isso. Isso mesmo, todos temos o direito de falarmos o que quisermos, em termos de opinião. Não cabe aqui espaço pra gracinhas, piadinhas, ofensas. Cristãos concebem homossexualismo como pecado. E eles têm sim o direito de dizer isso e sou da turma que defende o direito deles de dizê-lo.
Por isso não apoio o PL 122. É mais um projeto de Lei que visa à criação de um invólucro de proteção social que além de não resolver o problema do preconceito, caminha a passos largos para a criação de um cidadão intocável. Martirizar uma minoria cria seguidores cegos, meros reprodutores de conceitos profundos que infelizmente terão antolhos na hora de resolverem seus problemas. Os super-cidadãos são os cristãos do passado. Possuem ancestrais em comum. Temos proteção especial para as mulheres, para negros e para homossexuais. Uma mulher negra e homossexual amanhã, não terá um igual social, ela será superior, com o acúmulo de proteções que lhe foi dado de bandeja.
O kit anti-homofobia é ruim, mal feito e até desnecessário. Mas ele tem diferenças viscerais do PL 122. Aponto duas. A primeira é que pelo menos ele tentou educar, conscientizar, e não punir. Os cristãos estão revoltados, mas existem homossexuais com dez, doze, treze anos, e são estudantes do ensino fundamental, médio e superior. O kit mostra isso, no maior clima eles estão entre nós. A segunda é sua aplicação seria feito nas escolas, locais onde além de serem ideais pra disseminação de conceitos sociais, tem-se quer queiramos, ou não os indivíduos que serão os donos do pedaço. O mundo é muito mais dos alunos, que nosso. O kit entra na questão da Educação. Sim. Faça cartilha pra tudo na escola, deixe os alunos a ajudar a compor tais cartilhas, escola é justamente pra isso.
Minha proposta é idiota, tosca e vazia. Eu proponho que eduquemos. Tiremos os antolhos e as escamas e mostremos pra sociedade que somos de várias raças, várias orientações sexuais, vários credos diferentes; somos variados e complexos, mas justamente por isso que somos tão absolutamente maravilhosos e encantadores. Entre educar e punir. Escolho educar. Entre criminalizar e expor as partes envolvidas de forma desnecessária e constrangedora, seria muito mais interessante educação progressiva e insistente. Entre o PL e o kit, fico com o princípio envolvido no Kit. Sei lá, talvez porque eu pense que proteger o ser humano é cuidar de todo mundo, seja mudando conceitos ou tirando escamas, nunca criando dentre as minorias mártires ditatoriais.
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sábado, 28 de maio de 2011
sábado, 14 de maio de 2011
Por que quero ser Professor?
Originalmente este post foi uma prova na faculdade. Mas resumiu tão bem meu pensamento, que resolvi adicioná-lo aqui.
Seria uma pergunta retórica, se ao lado desta estivesse perguntando por que não ser professor. Talvez seja mesmo uma pergunta retórica, mas daquelas que servem mais que pontes para boas conversas, esta é daquelas que nos perseguem durante toda a vida.
No discurso adotado por muitos, o referido questionamento não encontra mais morada. A pergunta seria: “Mas quem é que quer ser Professor?” ou ainda: “Professor? Que pena...?”.
Dito isto, este autor então resolve por suas próprias colheres e responder por que deseja tornar-se professor, ainda que haja razões para que não o seja.
A realidade é dura demais. Subnutrição que leva a um parco desenvolvimento intelectual. Miséria, que torna o ruim/mau, desejável. Miséria que subverte valores e cria argumentos que a subnutrição não deixou nascer. ”Traficantes são ricos, poderosos e não estudam, para que vou estudar?”. Nesse cenário o Professor é inimigo, tem pouquíssimo respeito. E torna-se refém da violência, cada vez mais acessível sob a forma de armas de fogo, nos mais variadas prateleiras da insatisfação. É difícil conviver com pessoas “invisíveis” em um mundo onde existem programas do tipo torne-se visível, ainda que por quinze minutos.
E deve ser complicado ganhar pouco e não ser respeitado em nada pelos seus empregadores diretos (governo) e indiretos (contribuintes).
Mas sabe, tem muito mais luz que trevas. Em todo professor existe uma fagulha de educador, que quase sempre apaga. Mas o fogo tem a tendência de alastrar-se. Então este autor considera a hipótese de se deixar tomar por esta esperança e poder ser muito mais que um professor, um educador.
Até hoje, não há nada m,ais empolgante que acompanhar e contribuir para o desenvolvimento intelectual de um ser humano, aquele mesmo vítima da miséria que subverteu suas idéias, seriamente afetadas pela subnutrição. É algo mais que uma tarefa é uma missão.
Um professor pode simplesmente passar conhecimentos adiante, mas quando se reconhece um educador tem belíssima oportunidade de cunhar novos conceitos, repensar o mundo,mudar focos e perspectivas, tecer idéias novas, construir um conhecimento sólido, tudo isso traz uma sensação de autosatisfação, de leveza e de recompensa, que na verdade um bom salário não traz e um salário ruim não tira.
Enquanto professor e ou educador, um indivíduo tem interação com os mais variados grupos. E as referidas construções de conhecimentos consolidam-se desta forma. Interagir com rico, pobres inteligentes, intelectuais reconhecidos, indiferentes, a rede de relacionamentos que se pode formar é sem comparações. Professor rompe fronteiras, quebra os muros, grita contra a pressão, é lembrado por muitos, por toda uma vida.
Este autor nutriu por toda uma vida o desejo de ser professor. Por opção. Primeira opção. E quer, ainda que haja pouco incentivo e baixos salários, reproduzir às novas gerações o legado e o exemplo adquirido de seus professores.
Tornar-se professor é participar de um projeto, não escrito, sequer elaborado, de resgate ou constituição da imagem de uma profissão que é comum a todas as profissões. Quem quiser olhar as trevas, que se vá, vai se perder, pois as trevas são densas e sedutoras. Mas quem optar por ingressar na luz, pode de repente, descobrir-se seduzido por se tornar, um professor.
Seria uma pergunta retórica, se ao lado desta estivesse perguntando por que não ser professor. Talvez seja mesmo uma pergunta retórica, mas daquelas que servem mais que pontes para boas conversas, esta é daquelas que nos perseguem durante toda a vida.
No discurso adotado por muitos, o referido questionamento não encontra mais morada. A pergunta seria: “Mas quem é que quer ser Professor?” ou ainda: “Professor? Que pena...?”.
Dito isto, este autor então resolve por suas próprias colheres e responder por que deseja tornar-se professor, ainda que haja razões para que não o seja.
A realidade é dura demais. Subnutrição que leva a um parco desenvolvimento intelectual. Miséria, que torna o ruim/mau, desejável. Miséria que subverte valores e cria argumentos que a subnutrição não deixou nascer. ”Traficantes são ricos, poderosos e não estudam, para que vou estudar?”. Nesse cenário o Professor é inimigo, tem pouquíssimo respeito. E torna-se refém da violência, cada vez mais acessível sob a forma de armas de fogo, nos mais variadas prateleiras da insatisfação. É difícil conviver com pessoas “invisíveis” em um mundo onde existem programas do tipo torne-se visível, ainda que por quinze minutos.
E deve ser complicado ganhar pouco e não ser respeitado em nada pelos seus empregadores diretos (governo) e indiretos (contribuintes).
Mas sabe, tem muito mais luz que trevas. Em todo professor existe uma fagulha de educador, que quase sempre apaga. Mas o fogo tem a tendência de alastrar-se. Então este autor considera a hipótese de se deixar tomar por esta esperança e poder ser muito mais que um professor, um educador.
Até hoje, não há nada m,ais empolgante que acompanhar e contribuir para o desenvolvimento intelectual de um ser humano, aquele mesmo vítima da miséria que subverteu suas idéias, seriamente afetadas pela subnutrição. É algo mais que uma tarefa é uma missão.
Um professor pode simplesmente passar conhecimentos adiante, mas quando se reconhece um educador tem belíssima oportunidade de cunhar novos conceitos, repensar o mundo,mudar focos e perspectivas, tecer idéias novas, construir um conhecimento sólido, tudo isso traz uma sensação de autosatisfação, de leveza e de recompensa, que na verdade um bom salário não traz e um salário ruim não tira.
Enquanto professor e ou educador, um indivíduo tem interação com os mais variados grupos. E as referidas construções de conhecimentos consolidam-se desta forma. Interagir com rico, pobres inteligentes, intelectuais reconhecidos, indiferentes, a rede de relacionamentos que se pode formar é sem comparações. Professor rompe fronteiras, quebra os muros, grita contra a pressão, é lembrado por muitos, por toda uma vida.
Este autor nutriu por toda uma vida o desejo de ser professor. Por opção. Primeira opção. E quer, ainda que haja pouco incentivo e baixos salários, reproduzir às novas gerações o legado e o exemplo adquirido de seus professores.
Tornar-se professor é participar de um projeto, não escrito, sequer elaborado, de resgate ou constituição da imagem de uma profissão que é comum a todas as profissões. Quem quiser olhar as trevas, que se vá, vai se perder, pois as trevas são densas e sedutoras. Mas quem optar por ingressar na luz, pode de repente, descobrir-se seduzido por se tornar, um professor.
domingo, 20 de março de 2011
Não Sei Escrever Contos...
Não sei escrever contos. Fato. Gostaria e muito de ter sensibilidade característica de quem os escreve. Sensibilidade e os “dois dedos de genialidade”, ambos são capazes de compor lições de moral poderosas o suficiente para conduzir alguém à reflexão. Não sou assim. Não nasci assim e não estava dos planos de quem quer que seja, que eu estivesse no ambiente adequado para tal. Sim, ambiente, pois existem ambientes adequados e preparados para estimular o despertar da genialidade. Os melhores e mais destacados jogadores de futebol, são filhos de bons jogadores, ex-profissionais ou pra sempre frustrados, que depositam e seus filhos suas próprias esperanças e estimulam com isso a capacidade inata aliando-a com disciplina a um plano bem traçado. Com os escritores de contos existem também a influência do ambiente, mas para que eu escrevesse um conto meu ambiente deveria ser outro, mais romântico, mais preocupado comigo, mais atencioso pelo menos. Nada tive de romantismo. Tampouco de criativo. Foi duro. Entre o não ter pão e ter brioches, tive um pão com manteiga, o qual sou grato de coração, não reclamo disso, reclamo do pão com manteiga por já ta de bom tamanho. Cítrico. Gosto dessa palavra pois ela me define, tudo isso me tornou cítrico, o meu ambiente foi isso pra mim. Ou me tornei por causa dele. Sabe o limão ou abacaxi, que sendo azedos produzem derivados deliciosos com a devida adição de açúcar...ninguém os qualifica de azedos, e sim de cítricos.
Meu olhar crítico, é filho do ambiente cítrico. Ambiente azedo, com muitos derivados doces é verdade. No meu ambiente fui tão protegido para que não me tornasse um execrável, um bandido, um alguém seduzido pelo fogo fátuo das facilidades da vida, que esqueceram que eu podia ser Senador(ah sim, eu queria mesmo era ser Senador, mas...isso eu conto depois). E entre um e outro, entre o execrável e o notável. Eu fiquei no meio do caminho. Alguém que dança ao som de algumas palmas. E sou acusado sempre pelos mesmos donos da minha matrix de não ter correspondido às expectativas. Vai ser sempre assim.
Por isso, não sei escrever contos. Minha genialidade de “meio dedinho” não casou com ambiente que tive. Casamentos que resultam em belos bebês em formas de contos ou livros. Por isso acostumei a sempre entender que a doçura que possuo é para disfarçar minha verdadeira acidez. Não sei escrever contos. Por isso escrevi essa crônica...
Meu olhar crítico, é filho do ambiente cítrico. Ambiente azedo, com muitos derivados doces é verdade. No meu ambiente fui tão protegido para que não me tornasse um execrável, um bandido, um alguém seduzido pelo fogo fátuo das facilidades da vida, que esqueceram que eu podia ser Senador(ah sim, eu queria mesmo era ser Senador, mas...isso eu conto depois). E entre um e outro, entre o execrável e o notável. Eu fiquei no meio do caminho. Alguém que dança ao som de algumas palmas. E sou acusado sempre pelos mesmos donos da minha matrix de não ter correspondido às expectativas. Vai ser sempre assim.
Por isso, não sei escrever contos. Minha genialidade de “meio dedinho” não casou com ambiente que tive. Casamentos que resultam em belos bebês em formas de contos ou livros. Por isso acostumei a sempre entender que a doçura que possuo é para disfarçar minha verdadeira acidez. Não sei escrever contos. Por isso escrevi essa crônica...
Passarelas
Considero este país uma imensa passarela. Muitos precisam passar por ela a fim de que o lucro de outros seja maximizado. Sejam atletas, artistas, escritores, políticos, religiosos...enfim, existe um mercado imenso que precisa ser conquistado de alguma forma.
Usar o nome d’algum famoso para penetrar em algum mercado consumidor não é novidade nem problema. Aliás, o culto a personalidade nem é mais criticável, uma vez que o necessário seria apenas não endeusar alguém, ou imiscuir-se em sua vida pessoal, pronto está tudo certo. Sacada inteligente dos donos do poder. Aqui há um poder latente, são cerce de 180 mil pessoas, das quais pode-se afirmar que cerca de 40 mil tem algum tipo de contato com a internet, seja ele passivo ou ativo, isso porque em uma casa com cinco pessoas , basta que uma use a internet, para que as outras possam ter contato com o que esta mesma internet pode oferecer, ainda que não estejamos falando de utilização plena de todos os recursos desta mesma internet.
Até aí tudo bem, os verdadeiros cérebros por detrás das personalidades que desfilam em nossas passarelas, pensam com o bolso, e este mercado aqui pode deixar muitos bolsos muito felizes.
Mas fico pensando em política. Ou melhor, em políticos que nos visitam, mais precisamente em Barack Obama. Nada contra ele. Não sou prosélito da ideia de que o simples fato de ser americano desqualifica alguém para alguma coisa. Admitamos ou não a história deles é densa e eles sabem vender o próprio peixe. Eles sabem escolher bons vendedores. Nem sempre, mas no geral o fazem com alguma Inteligência. Eu que nem gosto de estereótipos, tipo O negro, O pastor, A mulher...admito que eles foram espertos em escolhe-lo. Era tudo que eles precisavam para apagar a nefanda imagem deixada por G. W. Bush.
A criança nasce legal, mas quem estraga é a vovó... O que não consigo entender, é por que a nossa passarela só serve para que ele desfile se for de acordo com os padrões dele. Não entendo porque existe tanto denodo para alguém que nos enxerga apenas como meros peões. Aliás, eu entendo sim, apenas prefiro não acreditar que isso seja feito sob nossos narizes, com tanto patrocínio, fazendo Obama parecer um Messias, que trará a solução para todos os nossos problemas, saneamento para comunidades que ele visitou, ou investimento decente para escolas públicas e postos de saúde, ou investimento inteligente e decente para a segurança pública. O público de nossa passarela em êxtase, grita o nome de Obama esperando que ele traga tudo isso e muito mais... Mas tudo o que ele de fato deu foi um tchauzinho. E acho digno o povo de nossa passarela achar e esperar tudo isso, mas e se nada disso acontecer?
Se não acontecer, acontecerá o de sempre, latrocínios, tráfico de drogas e de sexo envolvendo crianças que dias antes também gritavam o nome do Messias norte-americano. Os idosos maltratados como se tivessem nascido velhos, não conseguindo pegar um ônibus com dignidade. Ou crianças que sabidamente, por sua alimentação e precária instrução escolar, terão pouca ou nenhuma cognição intelectual para entenderem que participar desta platéia, reproduz uma política de pão e circo, que em momento algum permitirá que algum deles seja um dia capaz de pelo menos subir na passarela, quem dirá segurar os fios das marionetes...
Usar o nome d’algum famoso para penetrar em algum mercado consumidor não é novidade nem problema. Aliás, o culto a personalidade nem é mais criticável, uma vez que o necessário seria apenas não endeusar alguém, ou imiscuir-se em sua vida pessoal, pronto está tudo certo. Sacada inteligente dos donos do poder. Aqui há um poder latente, são cerce de 180 mil pessoas, das quais pode-se afirmar que cerca de 40 mil tem algum tipo de contato com a internet, seja ele passivo ou ativo, isso porque em uma casa com cinco pessoas , basta que uma use a internet, para que as outras possam ter contato com o que esta mesma internet pode oferecer, ainda que não estejamos falando de utilização plena de todos os recursos desta mesma internet.
Até aí tudo bem, os verdadeiros cérebros por detrás das personalidades que desfilam em nossas passarelas, pensam com o bolso, e este mercado aqui pode deixar muitos bolsos muito felizes.
Mas fico pensando em política. Ou melhor, em políticos que nos visitam, mais precisamente em Barack Obama. Nada contra ele. Não sou prosélito da ideia de que o simples fato de ser americano desqualifica alguém para alguma coisa. Admitamos ou não a história deles é densa e eles sabem vender o próprio peixe. Eles sabem escolher bons vendedores. Nem sempre, mas no geral o fazem com alguma Inteligência. Eu que nem gosto de estereótipos, tipo O negro, O pastor, A mulher...admito que eles foram espertos em escolhe-lo. Era tudo que eles precisavam para apagar a nefanda imagem deixada por G. W. Bush.
A criança nasce legal, mas quem estraga é a vovó... O que não consigo entender, é por que a nossa passarela só serve para que ele desfile se for de acordo com os padrões dele. Não entendo porque existe tanto denodo para alguém que nos enxerga apenas como meros peões. Aliás, eu entendo sim, apenas prefiro não acreditar que isso seja feito sob nossos narizes, com tanto patrocínio, fazendo Obama parecer um Messias, que trará a solução para todos os nossos problemas, saneamento para comunidades que ele visitou, ou investimento decente para escolas públicas e postos de saúde, ou investimento inteligente e decente para a segurança pública. O público de nossa passarela em êxtase, grita o nome de Obama esperando que ele traga tudo isso e muito mais... Mas tudo o que ele de fato deu foi um tchauzinho. E acho digno o povo de nossa passarela achar e esperar tudo isso, mas e se nada disso acontecer?
Se não acontecer, acontecerá o de sempre, latrocínios, tráfico de drogas e de sexo envolvendo crianças que dias antes também gritavam o nome do Messias norte-americano. Os idosos maltratados como se tivessem nascido velhos, não conseguindo pegar um ônibus com dignidade. Ou crianças que sabidamente, por sua alimentação e precária instrução escolar, terão pouca ou nenhuma cognição intelectual para entenderem que participar desta platéia, reproduz uma política de pão e circo, que em momento algum permitirá que algum deles seja um dia capaz de pelo menos subir na passarela, quem dirá segurar os fios das marionetes...
Pesando o passado!!!
Tema problemático este e que rende boas e longas conversas. Surgiu por acaso em uma aula de didática, entretanto, visita almas angustiadas de quem já chegou ou passou dos trinta e não se sente exatamente realizado, a saber, o passado.
Que é impossível esquecer o passado já estou plenamente convencido.
Tema problemático este e que rende boas e longas conversas. Surgiu por acaso em uma aula de didática, entretanto, visita almas angustiadas de quem já chegou ou passou dos trinta e não se sente exatamente realizado, a saber, o passado.
Que é impossível esquecer o passado já estou plenamente convencido. Talvez seja esta a tarefa mais fácil de relação com o mesmo. Difícil nessa caminhada é justamente enxergar nossa parcela de culpa, aliás, ao invés de parcela, culpa em sua totalidade. É muitíssimo fácil culpar outros pelos nossos erros. Todos são responsabilizados pelos nossos fracassos, insucessos e afins, menos nós mesmos. Ainda que os espelhos sejam em muitos casos escravos de nossas vontades, podem ser algozes inexoráveis, pois mostram nada mais nada menos que a verdade, que seja em parcela tudo bem, mas mostram muito do que verdade. E o único culpado pelos nossos erros, escolhas, dificuldades do passado somos nós mesmos. Provavelmente o caminho que tomamos foi em meio a pelo menos uma outra opção a qual ou fizemos questão de ignorar ou simplesmente rejeitamos, achando-nos donos da verdade acreditávamos piamente na certeza de nossa decisão.Erramos. E não há conserto para tal.
Mas como lidar com a influência dessas escolhas hoje em dia? Como podemos viver sem a devastadora sombra de nossos erros passados? Talvez não haja a resposta certa... Mas há respostas com certeza! Uma delas é que ao invés de ficar escondido da vida, remoendo as decisões erradas, em momentos em que éramos outras pessoas, pensando e agindo diferentemente de hoje, levantemos a cabeça e decidamos recomeçar. Eu decidi recomeçar e tem funcionado. Não podemos nem apagar o passado nem alterá-lo. Mas podemos repensar o peso do passado em nossas vidas. Isso mesmo. É pesando novamente o passado em nossas vidas que soltaremos as amarras que nos prendem às frustrações cotidianas libertando-nos para uma vida mais inteligente e reflexiva. Como o grande filósofo: a vida sem reflexão, não merece ser vivida.
Que é impossível esquecer o passado já estou plenamente convencido.
Tema problemático este e que rende boas e longas conversas. Surgiu por acaso em uma aula de didática, entretanto, visita almas angustiadas de quem já chegou ou passou dos trinta e não se sente exatamente realizado, a saber, o passado.
Que é impossível esquecer o passado já estou plenamente convencido. Talvez seja esta a tarefa mais fácil de relação com o mesmo. Difícil nessa caminhada é justamente enxergar nossa parcela de culpa, aliás, ao invés de parcela, culpa em sua totalidade. É muitíssimo fácil culpar outros pelos nossos erros. Todos são responsabilizados pelos nossos fracassos, insucessos e afins, menos nós mesmos. Ainda que os espelhos sejam em muitos casos escravos de nossas vontades, podem ser algozes inexoráveis, pois mostram nada mais nada menos que a verdade, que seja em parcela tudo bem, mas mostram muito do que verdade. E o único culpado pelos nossos erros, escolhas, dificuldades do passado somos nós mesmos. Provavelmente o caminho que tomamos foi em meio a pelo menos uma outra opção a qual ou fizemos questão de ignorar ou simplesmente rejeitamos, achando-nos donos da verdade acreditávamos piamente na certeza de nossa decisão.Erramos. E não há conserto para tal.
Mas como lidar com a influência dessas escolhas hoje em dia? Como podemos viver sem a devastadora sombra de nossos erros passados? Talvez não haja a resposta certa... Mas há respostas com certeza! Uma delas é que ao invés de ficar escondido da vida, remoendo as decisões erradas, em momentos em que éramos outras pessoas, pensando e agindo diferentemente de hoje, levantemos a cabeça e decidamos recomeçar. Eu decidi recomeçar e tem funcionado. Não podemos nem apagar o passado nem alterá-lo. Mas podemos repensar o peso do passado em nossas vidas. Isso mesmo. É pesando novamente o passado em nossas vidas que soltaremos as amarras que nos prendem às frustrações cotidianas libertando-nos para uma vida mais inteligente e reflexiva. Como o grande filósofo: a vida sem reflexão, não merece ser vivida.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Entre Abortos e excomunhões, revela-se o machismo Institucional.
Poderia simplesmente deixar morrer a(s) temática(s) e o debate que surgiu em torno do fatídico episódio envolvendo uma “família”, um Equipe de Médicos, uma instituição obsoleta, medieval e um de seus representantes regionais. Más não há porque fazê-lo uma vez que os assuntos envolvidos ultrapassam em muito as questões jornalísticas destacadas.
Não dúvidas sobre a densidade da violência e a profunda extensão dos danos, mesmo com total apoio psicológico, haverá marcas indeléveis que a menina carregará. Foi transformada em mulher. Isso é traumático por ter sido fora de tempo. O rito de passagem à fase irreversível da vida de qualquer ser foi associado à violência, ao nojo, à dor, ao asco.
Poderia ter sido pior. Poderia carregar duas também inocentes crianças igualmente violentadas. Poderia não haver nada disso, pois sonhos, expectativas e futuros estariam irremediavelmente recolhidos a uma urna funerária.
O mais assustador nesta história foi o desnudar seco de posturas medievais, engessamento teológico e machismo. Exatamente no ano de 2009, século XXI, emblemático por si só. Ano em que a CNBB une-se à questão de segurança pública (leia-se: contenção e quiçá erradicação dos índices de VIOLÊNCIA). Ano que comemora, por exemplo, 220 anos de Revolução Francesa ou mais próximo a nós, 120 anos de abolição de escravatura no Brasil, temos a fria apresentação de um comportamento que por trás de sua constituição é misógino (eufemismo: pouco inclinado à mulheres), medieval (repetição) e institucional.
Dia 8 de março próximo passado pareceu-nos uma piada de mau gosto. Uma criança de nove anos e um padrasto –centrais. A mãe (leoa) a equipe de médicos (profissionais e machos, mas na concepção que papai (que era macho) ensinou), um arcebispo profundamente ligado à sua instituição que em seu seio sempre apagou, ou reduziu quando não demonizou as mulheres em sua concepção e constituição. Uns adendos: aborto no Brasil envolvendo violência e riscos de morte possuem amparo legal. Mas é contra a fossilizada doutrina “vaticânica”. O estuprador, que aqui será um ser enviado das instâncias celestiais punidoras, não estuprou a criança. Antes ele purificou este ente que por ter nascido com uma vagina (uma coisa horrível, que não sei como há tantos alegra e a todos permiti o acesso a este mundo para que façam nele todas essas sandices) merece todo sofrimento e dor. Mulher no Brasil tem que ser perfeita. Se transar (o que é pecado – hã?) e engravidar acidentalmente (coisa rara entre religiosos e engessados – certo?) e desejar abortar será tratada qual lixo nos hospitais públicos por ser taxada de irresponsável. É incrível a gama de responsáveis que mesmo com dívidas na praça, filhos que não assumem, impostos não pagos, assumem as vezes de “promotores, juízes e executores de sentença”, todos, exemplos de postura comportamental. Quem acha que mulheres gostam de comemorar o 8 de março com flores levantem a mão? Flor na mão, socos na outra.
A excomunhão de uma criança de nove anos cujo único crime foi ter sido interpretada À luz de um machismo que infelizmente escorre peãs cadeiras institucionais? Quem são as madres que comandam igrejas? Quem são as altas representantes do Vaticano? Até entendo que elas não estão perdendo nada. Mas isso revela como é pensada e gerida a relação homem-mulher à luz religiosa. Como é ser mulher neste ambiente? Não sei, não sou mulher mas compartilho os questionamentos. No Brasil mulheres morrem pelas mãos de seus companheiros. A mão que afaga é a mesma que...Morrem por que é proibido abortar e elas procuram os açougueiros pra fazerem tal. Ganham menos que os homens mesmo quando desempenhando cargos e funções idênticas são mais competentes. Não possuem participação legislativa que valha. Não são qualificadas como capazes que são, de ditar os caminhos e descaminhos de uma sociedade como um todo.
O machismo institucional tem solução. Ou renova-se a instituição, ou boicota-se a mesma. Precisamos por fim ao machismo nascido na lar doce lar. Quem tem filhos homens não deve apóia-los em pequeno detalhes como ter várias “namoradas” enquanto a irmã é questionada inquisitorialmente ao revelar o interesse em um rapaz. O desequilíbrio é machista. O menino sobe em árvores, briga na rua, passa a perna no amigo e todo mundo acha lindo. Mulher brinca de boneca e faz “comidinha”. Isso tem nome. Homens são preparados para a vida e as mulheres para são preparadas para os homens. O menino não brinca de boneca e a menina não joga bola (mito da criação do “Viado” e “sapatão”)*. O preconceito é machista. Esse machismo também precisa acabar. Os pseudo-padrastos (o meu nunca me estuprou) precisam parar de se achar no direito de empurrar seu preconceito apoiado institucionalmente nas vaginas desprotegidas de meninas e mulheres. O aborto e a excomunhão foram meros coadjuvantes, no película onde só há espaço para o machismo institucional e por que não visceral da sociedade brasileira.
* No âmbito do preconceito, não existem homossexuais. Existe o “viado” e a “sapatão”, até pra dar o tom da ironia e zombaria.
Não dúvidas sobre a densidade da violência e a profunda extensão dos danos, mesmo com total apoio psicológico, haverá marcas indeléveis que a menina carregará. Foi transformada em mulher. Isso é traumático por ter sido fora de tempo. O rito de passagem à fase irreversível da vida de qualquer ser foi associado à violência, ao nojo, à dor, ao asco.
Poderia ter sido pior. Poderia carregar duas também inocentes crianças igualmente violentadas. Poderia não haver nada disso, pois sonhos, expectativas e futuros estariam irremediavelmente recolhidos a uma urna funerária.
O mais assustador nesta história foi o desnudar seco de posturas medievais, engessamento teológico e machismo. Exatamente no ano de 2009, século XXI, emblemático por si só. Ano em que a CNBB une-se à questão de segurança pública (leia-se: contenção e quiçá erradicação dos índices de VIOLÊNCIA). Ano que comemora, por exemplo, 220 anos de Revolução Francesa ou mais próximo a nós, 120 anos de abolição de escravatura no Brasil, temos a fria apresentação de um comportamento que por trás de sua constituição é misógino (eufemismo: pouco inclinado à mulheres), medieval (repetição) e institucional.
Dia 8 de março próximo passado pareceu-nos uma piada de mau gosto. Uma criança de nove anos e um padrasto –centrais. A mãe (leoa) a equipe de médicos (profissionais e machos, mas na concepção que papai (que era macho) ensinou), um arcebispo profundamente ligado à sua instituição que em seu seio sempre apagou, ou reduziu quando não demonizou as mulheres em sua concepção e constituição. Uns adendos: aborto no Brasil envolvendo violência e riscos de morte possuem amparo legal. Mas é contra a fossilizada doutrina “vaticânica”. O estuprador, que aqui será um ser enviado das instâncias celestiais punidoras, não estuprou a criança. Antes ele purificou este ente que por ter nascido com uma vagina (uma coisa horrível, que não sei como há tantos alegra e a todos permiti o acesso a este mundo para que façam nele todas essas sandices) merece todo sofrimento e dor. Mulher no Brasil tem que ser perfeita. Se transar (o que é pecado – hã?) e engravidar acidentalmente (coisa rara entre religiosos e engessados – certo?) e desejar abortar será tratada qual lixo nos hospitais públicos por ser taxada de irresponsável. É incrível a gama de responsáveis que mesmo com dívidas na praça, filhos que não assumem, impostos não pagos, assumem as vezes de “promotores, juízes e executores de sentença”, todos, exemplos de postura comportamental. Quem acha que mulheres gostam de comemorar o 8 de março com flores levantem a mão? Flor na mão, socos na outra.
A excomunhão de uma criança de nove anos cujo único crime foi ter sido interpretada À luz de um machismo que infelizmente escorre peãs cadeiras institucionais? Quem são as madres que comandam igrejas? Quem são as altas representantes do Vaticano? Até entendo que elas não estão perdendo nada. Mas isso revela como é pensada e gerida a relação homem-mulher à luz religiosa. Como é ser mulher neste ambiente? Não sei, não sou mulher mas compartilho os questionamentos. No Brasil mulheres morrem pelas mãos de seus companheiros. A mão que afaga é a mesma que...Morrem por que é proibido abortar e elas procuram os açougueiros pra fazerem tal. Ganham menos que os homens mesmo quando desempenhando cargos e funções idênticas são mais competentes. Não possuem participação legislativa que valha. Não são qualificadas como capazes que são, de ditar os caminhos e descaminhos de uma sociedade como um todo.
O machismo institucional tem solução. Ou renova-se a instituição, ou boicota-se a mesma. Precisamos por fim ao machismo nascido na lar doce lar. Quem tem filhos homens não deve apóia-los em pequeno detalhes como ter várias “namoradas” enquanto a irmã é questionada inquisitorialmente ao revelar o interesse em um rapaz. O desequilíbrio é machista. O menino sobe em árvores, briga na rua, passa a perna no amigo e todo mundo acha lindo. Mulher brinca de boneca e faz “comidinha”. Isso tem nome. Homens são preparados para a vida e as mulheres para são preparadas para os homens. O menino não brinca de boneca e a menina não joga bola (mito da criação do “Viado” e “sapatão”)*. O preconceito é machista. Esse machismo também precisa acabar. Os pseudo-padrastos (o meu nunca me estuprou) precisam parar de se achar no direito de empurrar seu preconceito apoiado institucionalmente nas vaginas desprotegidas de meninas e mulheres. O aborto e a excomunhão foram meros coadjuvantes, no película onde só há espaço para o machismo institucional e por que não visceral da sociedade brasileira.
* No âmbito do preconceito, não existem homossexuais. Existe o “viado” e a “sapatão”, até pra dar o tom da ironia e zombaria.
quarta-feira, 4 de março de 2009
A Quadrilha dos Trotes
Certa feita, uma ex-aluna de um dos Pré-Vestibulares comunitários onde trabalho aprovada em três Universidades Federais do Rio de janeiro, estava muito insatisfeita com a decisão de seus pais de não permitirem que ela frequentasse a sua primeira semana de aula. Motivo: a violência praticada por deliquentes disfarçados de alunos sob a forma do trote.
É uma opinião radical sim, mas nestes casos não consigo encontrar um outra palavra adequada para classificar um grupo de indivíduos quanto estes pseudo-universitários.
O chato é que o trote é gostoso. Na maioria das vezes a maioria esmagadora dos "calouro" não se importa em participar da cerimônia de admissão à Universidade pela perspectiva dos próprios estudantes. Roupas multicoloridas, cabelos com cremes de qualidade duvidosa, pinturas artísticas corporais de péssima qualidade, a famosa latinha com o pedido de moedinhas e outras variações, arrancam o riso - e as moedas - de muitos cidadãos.É momento de felicidade, de histórias pra contar no futuro, e o desenvolvimento do sentimento de que os próximos calouros estão fritos.
Se tudo corresse deste modo, não seria necessária uma intervenção federal para resolver problemas maiores.
O problema é o pequeno grupo de marginais - não os comparem ao debilitados mentalmente, que são de longe mais inteligentes que estes imbecis - formam facções, pequenas quadrilhas e planejam, que o trote será um pouco mais pesado. Início do horror. Pessoas são obrigadas a ingerir grandes quantidades de bebidas alcoólicas, apanham, são humilhadas, mulheres são abusadas sexualmente, os alunos são pisoteados e muitas outras atrocidades.
Isso tem nome e não é trote.
Dias atrás uma estudante de pedagogia do 2º ano foi acusada de jogar um produto químico sobre os calouros alegando que queria apenas provocar um mau cheiro. O mau cheiro provocou queimaduras em quatro estudantes, uma grávida de três meses, cujo bebê escapou ileso da tentativa de agressão. Isso é crime.
Não vejo problema em pintar, colocar pra pedir dinheiro (desde que seja em grupo, para não ser humilhante), e outras brincadeiras relacionadas. Mas, se o primeiro gole for o que provoca bebedeira, que seja proibido então.
O trote de ingresso na faculdade que conheci foi cultural. Composto por gincanas que exigiam pequeno esforço físico apenas. Foi uma espécie de gincana a qual encontrávamos objetos pelo Campus, com a intenção de melhor conhecermos a faculdade. Com isso, aprendemos a encontrar e pegar um livro raro na biblioteca e conhecer quais as melhores cantinas e tudo o mais relacionado. Não tenho trauma de trotes justamente por isso. Foi apenas uma parte ínfima de meu ingresso. Gostaria muito de dizer à família de minha jovem ex-aluna, que ingressou na mesma Universidade em que eu estudo, que lá é diferente. Que eles podem confiar que nenhum mal acontecerá a ela. E espero que seja verdade. Mas prefiro ficar em slêncio, pois não sei que "tipos" se escondem entre os estudantes.
Espero que a próxima semana seja tranquila e que a UFF não figure entre os principais noticiários como mais uma instituição envolvida nos escândalos de trotes criminosos.
Abraços calorosos!!!
Agradecimentos:
www.uol.com.br
http://oglobo.globo.com/pais/cidades/mat/2009/03/02/calouros-sao-pisoteados-durante-trote-em-universidade-de-londrina-754653619.asp
http://www.atarde.com.br/brasil/noticia.jsf?id=1075692
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/02/16/camara+decide+votar+criminalizacao+de+trote+violento+4105910.html
É uma opinião radical sim, mas nestes casos não consigo encontrar um outra palavra adequada para classificar um grupo de indivíduos quanto estes pseudo-universitários.
O chato é que o trote é gostoso. Na maioria das vezes a maioria esmagadora dos "calouro" não se importa em participar da cerimônia de admissão à Universidade pela perspectiva dos próprios estudantes. Roupas multicoloridas, cabelos com cremes de qualidade duvidosa, pinturas artísticas corporais de péssima qualidade, a famosa latinha com o pedido de moedinhas e outras variações, arrancam o riso - e as moedas - de muitos cidadãos.É momento de felicidade, de histórias pra contar no futuro, e o desenvolvimento do sentimento de que os próximos calouros estão fritos.
Se tudo corresse deste modo, não seria necessária uma intervenção federal para resolver problemas maiores.
O problema é o pequeno grupo de marginais - não os comparem ao debilitados mentalmente, que são de longe mais inteligentes que estes imbecis - formam facções, pequenas quadrilhas e planejam, que o trote será um pouco mais pesado. Início do horror. Pessoas são obrigadas a ingerir grandes quantidades de bebidas alcoólicas, apanham, são humilhadas, mulheres são abusadas sexualmente, os alunos são pisoteados e muitas outras atrocidades.
Isso tem nome e não é trote.
Dias atrás uma estudante de pedagogia do 2º ano foi acusada de jogar um produto químico sobre os calouros alegando que queria apenas provocar um mau cheiro. O mau cheiro provocou queimaduras em quatro estudantes, uma grávida de três meses, cujo bebê escapou ileso da tentativa de agressão. Isso é crime.
Não vejo problema em pintar, colocar pra pedir dinheiro (desde que seja em grupo, para não ser humilhante), e outras brincadeiras relacionadas. Mas, se o primeiro gole for o que provoca bebedeira, que seja proibido então.
O trote de ingresso na faculdade que conheci foi cultural. Composto por gincanas que exigiam pequeno esforço físico apenas. Foi uma espécie de gincana a qual encontrávamos objetos pelo Campus, com a intenção de melhor conhecermos a faculdade. Com isso, aprendemos a encontrar e pegar um livro raro na biblioteca e conhecer quais as melhores cantinas e tudo o mais relacionado. Não tenho trauma de trotes justamente por isso. Foi apenas uma parte ínfima de meu ingresso. Gostaria muito de dizer à família de minha jovem ex-aluna, que ingressou na mesma Universidade em que eu estudo, que lá é diferente. Que eles podem confiar que nenhum mal acontecerá a ela. E espero que seja verdade. Mas prefiro ficar em slêncio, pois não sei que "tipos" se escondem entre os estudantes.
Espero que a próxima semana seja tranquila e que a UFF não figure entre os principais noticiários como mais uma instituição envolvida nos escândalos de trotes criminosos.
Abraços calorosos!!!
Agradecimentos:
www.uol.com.br
http://oglobo.globo.com/pais/cidades/mat/2009/03/02/calouros-sao-pisoteados-durante-trote-em-universidade-de-londrina-754653619.asp
http://www.atarde.com.br/brasil/noticia.jsf?id=1075692
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/02/16/camara+decide+votar+criminalizacao+de+trote+violento+4105910.html
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Apenas devaneios...sobre o padre Luiz Couto
O que admiro no ser humano é sua capacidade de adaptação. Os ambientes mais hostis podem ser enfrentados desde que haja determinação em superá-lo. O ambiente que cerca um homem pode moldá-lo, tanto para o bem tanto para o mal. Entretanto tal capacidade aliada a virtudes com: maturidade, observação, inteligência, prudência podem, assim creio, mudar o mundo em que vivemos. Uma pessoa apenas pode não conseguir reunir todas estas qualidades, mas um grupo, com o passar dos anos podem fazer “milagres”.
Engraçado é que milagres deveriam partir de entidades superiores ou através de seus “representantes”. Por exemlo, a igreja católica deveria realizar tais milagres. Mas não vejo isso acontecer. Nunca vi. Então não deveria me surpreender com a ausência de milagres e especialmente os “milagres” que seriam frutos da reunião das qualidades supracitadas. Mas eu me surpreendi. A igreja acaba por suspendeu o padre e deputado federal Luiz Couto (PT-PB), privando-o do exercício dos seus direitos e deveres sacerdotais.
O pecado gravíssimo cometido por este homem foi o de ter personalidade e capacidade de adaptação. Ele adaptou-se ao mundo em sua volta. O mundo de adolescentes grávidas não porque sua família é pobre ou desprovida de informações, mas porque sua família e religiosa e proíbe o uso da camisinha. Adaptou-se ao mundo nos quais homossexuais são assassinados apenas por serem homossexuais, num ato odioso de preconceito, atitude que o sacerdote também condena. Adaptou-se ao mundo, que mesmo considerando o aborto um lapso, um dano, um crime como queiram, vê suas mulheres morrerem de uma vergonhosa hemorragia por conta da falta de um atendimento respeitoso e honesto.
É incrível a incapacidade de renovação de uma instituição que prega a liberdade, mas não a respeita quando um de seus adeptos questiona. Como uma instituição deseja lutar por um mundo melhor se ao perceber as sutis mudanças que precisa apresentar a mesma fecha-se para ela e pune quem as adere?
É urgente uma adaptação de uma instituição tão respeitada por tantas pessoas. Sim. Muitas pessoas. Eu costumo valorizar as minorias neste espaço. E muitas minorias aqui defendidas respeitam a Igreja e sua história. Muitas as seguem felizes. Então por que a mesma não reconsidere alguma de suas posições? Por que não renova seus valores, não pesquisa dentre o povo e descobre quais mazelas realmente o incomoda para tentar amenizá-las?
Não. É mais fácil dizer que tais idéias provocam confusão entre o povo cristão. E tome aids, filhos sem referência de família e perspectiva de futuro que encontrarão na fé cega uma forma de fugir à sua dura realidade. Presas fáceis, uma ótima forma de criar futuros fiéis.
Espero sinceramente que o deputado não se dobre. Não seria muito animador uma retratação, pois seria uma renúncia às suas idéias verdadeiras e honestas sobre assuntos tão sérios. Espero que a igreja reveja sua posição. Espero um mundo melhor. Mas esperanças às vezes, são apenas devaneios...
Engraçado é que milagres deveriam partir de entidades superiores ou através de seus “representantes”. Por exemlo, a igreja católica deveria realizar tais milagres. Mas não vejo isso acontecer. Nunca vi. Então não deveria me surpreender com a ausência de milagres e especialmente os “milagres” que seriam frutos da reunião das qualidades supracitadas. Mas eu me surpreendi. A igreja acaba por suspendeu o padre e deputado federal Luiz Couto (PT-PB), privando-o do exercício dos seus direitos e deveres sacerdotais.
O pecado gravíssimo cometido por este homem foi o de ter personalidade e capacidade de adaptação. Ele adaptou-se ao mundo em sua volta. O mundo de adolescentes grávidas não porque sua família é pobre ou desprovida de informações, mas porque sua família e religiosa e proíbe o uso da camisinha. Adaptou-se ao mundo nos quais homossexuais são assassinados apenas por serem homossexuais, num ato odioso de preconceito, atitude que o sacerdote também condena. Adaptou-se ao mundo, que mesmo considerando o aborto um lapso, um dano, um crime como queiram, vê suas mulheres morrerem de uma vergonhosa hemorragia por conta da falta de um atendimento respeitoso e honesto.
É incrível a incapacidade de renovação de uma instituição que prega a liberdade, mas não a respeita quando um de seus adeptos questiona. Como uma instituição deseja lutar por um mundo melhor se ao perceber as sutis mudanças que precisa apresentar a mesma fecha-se para ela e pune quem as adere?
É urgente uma adaptação de uma instituição tão respeitada por tantas pessoas. Sim. Muitas pessoas. Eu costumo valorizar as minorias neste espaço. E muitas minorias aqui defendidas respeitam a Igreja e sua história. Muitas as seguem felizes. Então por que a mesma não reconsidere alguma de suas posições? Por que não renova seus valores, não pesquisa dentre o povo e descobre quais mazelas realmente o incomoda para tentar amenizá-las?
Não. É mais fácil dizer que tais idéias provocam confusão entre o povo cristão. E tome aids, filhos sem referência de família e perspectiva de futuro que encontrarão na fé cega uma forma de fugir à sua dura realidade. Presas fáceis, uma ótima forma de criar futuros fiéis.
Espero sinceramente que o deputado não se dobre. Não seria muito animador uma retratação, pois seria uma renúncia às suas idéias verdadeiras e honestas sobre assuntos tão sérios. Espero que a igreja reveja sua posição. Espero um mundo melhor. Mas esperanças às vezes, são apenas devaneios...
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Ladrões de Futuro!
Quando me dei conta, eram quase duas horas da manhã e estava assistindo ao mais famigerado reality show da televisão brasileira: o Big Brother Brasil 9. Isso era dia de semana, acordar cedo no outro dia era imperativo e pior de tudo é que até então eu devia estar preparando uma aula para um dos pré-vestibulares em que trabalho. É muito fácil afogar-se no mar de futilidades que inundam nossas casas.
Uma vez constatada a infeliz perda de tempo,
passei a refletir sobre o que de fato pode nos roubar um tempo tão precioso em um momento de nossas vidas em que precisamos profundamente administrá-lo sabiamente a fim de que esta sensação de desconforto não nos alcance.
Sempre digo a meus alunos que em ano de vestibular, nada pode nos atrapalhar. Tanto estudo é de fato uma “perda de tempo”, no sentido de que devemos nos empenhar ao máximo em nossa árdua tarefa com o único propósito de conseguirmos nossa tão sonhada vaga.
Uma planta de maior porte, ou uma pequena árvore deve constantemente ter a grama à sua volta aparada, caso contrário seu crescimento pode ser retardado. Os jardineiros do tempo de minha mãe (não os profissionais) ensinavam está lição.
Quando permitimos que o mato que nos rodeia cresça demais estamos impedindo nosso crescimento.
Não vejo problemas reais em assistir televisão, seria hipócrita se o fizesse. Mas vejo problemas em permitir que esta “grama” esteja tão impregnada em nós que não permita que cresçamos suficientemente.
Os “BBBs” da vida são este tipo de grama. Roubam tempo, nos incham de futilidades, nos mergulham em debates nefandos e idiotas que ainda por cima, são capazes de provocar divisões desnecessárias.
Antes de analisar os conteúdos dignos de respeito em noticiários, nos encontramos discutindo sobre boas maneiras, “inteligência” e bundas de pessoas que foram escolhidas justamente porque são exemplos de futilidades.
Quem adere à futilidade deve saborear o amargo gosto de vazio que ela deixa. E depois não reclame de insatisfações, inimizades e improdutividades, frutos certos desta união profana entrem a profundidade de uma mente determinada e a sedução da futilidade.
Perceba que todos os que assistem televisão e perdem mais tempo em frente à mesma, raramente são as pessoas mais informadas e capazes de posicionar-se sobre um assunto de maneira crítica.
Sejam livres, façam o que realmente decidiram fazer. Mas honestamente, se vocês tem um objetivo em mente, escolha o mais produtivo e o que a longo prazo trará mais benefícios.
Lembre-se: todas as escolhas implicam em perdas, reflita sobre o que trará menos dor/problemas e o que de fato te fará feliz.
Entenderam porque o tópico chama-se ladrões de futuro? Se as futilidades tomarem seu tempo como tomaram o meu naquele e em outros dias. Seu futuro tão sonhado pode estar sendo roubado.
Bem baixinho pra que poucos nos ouçam: muitos que concorrem com a vaga junto com você estão felizes por que os “reality shows” estão no ar...Enquanto eles estudam...Você vai pro paredão (desculpem-me, eu não suportei!).
Abraços Calorosos!!!
Uma vez constatada a infeliz perda de tempo,
passei a refletir sobre o que de fato pode nos roubar um tempo tão precioso em um momento de nossas vidas em que precisamos profundamente administrá-lo sabiamente a fim de que esta sensação de desconforto não nos alcance.
Sempre digo a meus alunos que em ano de vestibular, nada pode nos atrapalhar. Tanto estudo é de fato uma “perda de tempo”, no sentido de que devemos nos empenhar ao máximo em nossa árdua tarefa com o único propósito de conseguirmos nossa tão sonhada vaga.
Uma planta de maior porte, ou uma pequena árvore deve constantemente ter a grama à sua volta aparada, caso contrário seu crescimento pode ser retardado. Os jardineiros do tempo de minha mãe (não os profissionais) ensinavam está lição.
Quando permitimos que o mato que nos rodeia cresça demais estamos impedindo nosso crescimento.
Não vejo problemas reais em assistir televisão, seria hipócrita se o fizesse. Mas vejo problemas em permitir que esta “grama” esteja tão impregnada em nós que não permita que cresçamos suficientemente.
Os “BBBs” da vida são este tipo de grama. Roubam tempo, nos incham de futilidades, nos mergulham em debates nefandos e idiotas que ainda por cima, são capazes de provocar divisões desnecessárias.
Antes de analisar os conteúdos dignos de respeito em noticiários, nos encontramos discutindo sobre boas maneiras, “inteligência” e bundas de pessoas que foram escolhidas justamente porque são exemplos de futilidades.
Quem adere à futilidade deve saborear o amargo gosto de vazio que ela deixa. E depois não reclame de insatisfações, inimizades e improdutividades, frutos certos desta união profana entrem a profundidade de uma mente determinada e a sedução da futilidade.
Perceba que todos os que assistem televisão e perdem mais tempo em frente à mesma, raramente são as pessoas mais informadas e capazes de posicionar-se sobre um assunto de maneira crítica.
Sejam livres, façam o que realmente decidiram fazer. Mas honestamente, se vocês tem um objetivo em mente, escolha o mais produtivo e o que a longo prazo trará mais benefícios.
Lembre-se: todas as escolhas implicam em perdas, reflita sobre o que trará menos dor/problemas e o que de fato te fará feliz.
Entenderam porque o tópico chama-se ladrões de futuro? Se as futilidades tomarem seu tempo como tomaram o meu naquele e em outros dias. Seu futuro tão sonhado pode estar sendo roubado.
Bem baixinho pra que poucos nos ouçam: muitos que concorrem com a vaga junto com você estão felizes por que os “reality shows” estão no ar...Enquanto eles estudam...Você vai pro paredão (desculpem-me, eu não suportei!).
Abraços Calorosos!!!
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